sábado, 23 de abril de 2011

Benfica-F.C. Porto, 1-2 (crónica)


Olá, quando hoje cheguei ao blog reparei que faltava alguma coisa. O Porto é o campeão de 2010/11, eu sou portista ferrenha e nem me lembrei de fazer uma postagem sobre isso no blog. Tenho 20 e tais blogs, é claro que nem sempre posso fazer tudo, mas isto não podia faltar. Deixo - vos com a crónica de um campeão que não quis esperar, e se sagrou à 25º jornada. O autor é Ricardo Gouveia.

O F.C. PORTO É CAMPEÃO. Em pleno Estádio da Luz, a equipa de André Villas Boas não esperou mais e reclamou o título com uma vitória por 2-1. Um jogo intenso, de emoções fortes, duas expulsões e com Gaitán ainda a acertar no poste nos descontos. A verdade é que o novo campeão foi melhor do que o seu antecessor e merece levar o troféu para casa.

Por tudo o que estava subjacente a este jogo, sentia-se uma enorme tensão no ar, nas bancadas e mesmo no relvado, logo depois do primeiro apito de Duarte Gomes. A bola largava faíscas e quem soubesse gerir melhor estas energias, ganhava desde logo vantagem. E foi aqui que o F.C. Porto começou a ganhar. Desde o primeiro minuto, a equipa de Villas Boas soube ocupar melhor os espaços, foi mais solidária e eficaz.

O Benfica acusou mais a tensão, perdia muitas bolas no seu meio-campo, sentia dificuldades em sair a jogar e rapidamente partiu-se em dois, com cinco argentinos bem adiantados na frente e apenas Javí Garcia mais recuado, colado à defesa. A equipa de Jesus prescindia do meio-campo para apostar num jogo mais directo, com longos lançamentos ou rápidas arrancadas de Fábio Coentrão pela ala. Uma aposta que raramente surtia efeito porque, pelo meio, estava o F.C. Porto.

Moutinho, Fernando e Guarin mandaram a seu bel-prazer na zona central, recuperando aí muitas bolas e mantendo a pressão sobre a defesa do Benfica que, cedo, começou a expor as suas fragilidades. Primeiro Aírton, o elo mais fraco, a render Maxi Pereira, mas sem o fulgor do uruguaio. Depois um Javí Garcia nervoso que acumulou erros atrás de erros, como é exemplo o lance do primeiro golo. Com muita cerimónia para aliviar, o espanhol acabou desarmado por Guarin em plena área do Benfica. O colombiano arrancou até à linha de fundo e rematou quase sem ângulo. Roberto, ao tentar agarrar a bola, fez o resto.

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Da mesma forma como o Benfica começou a perder o título, o F.C. Porto começava a ganhá-lo, aos 9 minutos, mas ainda não estava tudo escrito. Nove minutos volvidos, Jara tenta controlar uma bola na área e, pressionado por Otamendi, caiu. Duarte Gomes não teve dúvidas e Saviola assinou o empate. O jogo estava agora mais aberto, o Benfica recuperava confiança, mas, volvidos outros nove minutos, Guarin, mais uma vez com espaço, lançou Falcao para a área, Roberto faz a mancha e derrubou o colombiano. Hulk, frente ao espanhol, não perdoou e voltou a cheirar a título na Luz.

Um cheiro que se intensificava, porque para além da vantagem, o F.C. Porto era de facto a melhor equipa em campo. Ganhava quase todas as segundas bolas, não por acaso, mas porque ocupava melhor os espaços, mantendo uma pressão intensa que o Benfica não se conseguia libertar. Era urgente corrigir e Jesus assim o fez, ao intervalo, trocando Jara por Cardozo e Aimar por Peixoto, juntando este último a Javí Garcia, procurando, assim, reequilibrar as forças a meio-campo. Na balança continuavam a pesar mais os erros do Benfica, como o pontapé de Sidnei que acertou em cheio em Falcao e ofereceu nova oportunidade que o colombiano desperdiçou.

A complicar a vida a Jesus, Aírton não resistiu a mais uma arrancada de Varela, lesionou-se e obrigou o treinador a esgotar as substituições, com a entrada de Jardel. Quando parecia que o Benfica começava a baixar os braços, a correlação de forças sofeu novo abalo. Cardozo, lançado por Gaitán, foi derrubado por Otamendi que viu o segundo amarelo. Villas Boas reagiu de imediato, abdicando de Varela e Falcao, para compor a defesa com Maicon e redesenhar o meio-campo com Belluschi.

O Benfica ainda foi buscar forças para, com um golo, tentar adiar a festa do rival, mas o F.C. Porto não estava disposto a esperar mais. Cardozo foi expulso, Gaitán atirou ao poste nos descontos, mas a festa era mesmo azul e branca.

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